Você já deve ter escutado falar da Telemedicina. Agora, outros termos estão tomando conta do noticiário. Entenda a diferença entre eles.
A pandemia trouxe uma nova realidade em vários aspectos da nossa vida. Estamos aprendendo a conviver em isolamento social, o que nos forçou a adotar outras diversas medidas para conter o novo Coronavírus (Covid-19). Em todas as situações, o objetivo é o mesmo: preservar a saúde individual e coletiva!
Junto a isso, temos o movimento da Telemedicina, que nada mais é do que o exercício da medicina mediado por tecnologias – telefone, videoconferências, aplicativos etc.
Existe uma norma, conhecida como Resolução da Telemedicina, que foi publicada no Diário Oficial da União no início deste ano e, logo depois, sustentada pela Portaria 467/2020 do Ministério da Saúde.
Esse documento surgiu com a finalidade de regulamentar e operacionalizar medidas de enfrentamento emergencial para a saúde coletiva. Publicamos aqui no blog Nocta um post com o posicionamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre o tema.
Já é um consenso no mercado que a incorporação de novas tecnologias à medicina é um caminho sem volta. E, para que esse avanço seja positivo, algumas diretrizes são necessárias para garantir qualidade e o bom relacionamento entre médico e paciente.
Bom, vamos entender todos esses termos que estão surgindo? Confira!
Telemedicina
O Conselho Federal de Medicina (CFM) define a Telemedicina como o exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, educação, pesquisa, prevenção de doenças, lesões e promoção da saúde.
Também estabelece que ela pode ser em tempo real ou por atendimento off-line, indicando uma série de possibilidades – como a teleconsulta, o telediagnóstico, a telecirurgia, a teletriagem, a teleorientação, a teleconsultoria e o telemonitoramento.
O termo Telessaúde também está sendo usado como sinônimo, neste sentido mais amplo.
Teleconsulta
É a consulta médica remota, mediada por tecnologias, com médico e paciente localizados em diferentes espaços geográficos.
A Teleconsulta subentende, como premissa obrigatória, o prévio estabelecimento de uma relação presencial entre médico e paciente. Nos atendimentos por longo tempo ou de doenças crônicas, é recomendada consulta presencial em intervalos não superiores a 120 dias.
Telediagnóstico
O Telediagnóstico é a transmissão de gráficos, imagens e dados para emissão de laudo ou parecer por médico com Registro de Qualificação de Especialista na área relacionada ao procedimento.
Além desses termos destacados, você poderá ouvir falarem de Telecirurgia e Teletriagem.
A Telecirurgia é definida como a realização de procedimento cirúrgico remoto, mediado por tecnologias interativas seguras, com médico executor e equipamento robótico em espaços físicos distintos.
A norma estabelece ainda que o procedimento deve ser realizado em locais com infraestrutura adequada e que, além do cirurgião remoto, um especialista local deve acompanhar o procedimento para realizar, se necessário, a manipulação instrumental.
Já a Teletriagem médica é o ato realizado a distância por um médico, para avaliação dos sintomas e posterior direcionamento do paciente ao tipo adequado de assistência. Nesse contexto, após passar por essa etapa, o paciente pode receber uma orientação à distância (teleorientação). É definida como o preenchimento à distância, pelo médico, de declaração de saúde para a contratação ou adesão a plano privado de assistência à saúde.
História da Telemedicina
A história da Telemedicina é antiga. No fim do século 19, a popularização da telefonia resultou na criação de redes de transferência de dados, facilitando a transmissão de sinais gráficos como eletrocardiogramas, permitindo o compartilhamento dos resultados entre vários profissionais. Esses sinais, enviados para os controles na Terra, são monitorados por médicos que podem, a partir das informações, adotar condutas clínicas. As primeiras experiências com a Telemedicina no Brasil começaram em 1994, com a transmissão a distância dos exames de eletrocardiograma.
Fontes: Redação blog Nocta; Agência Brasil
Imagens: Freepik