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Se você acha que “tudo está virando manteiga“, não está enganado. Aqui no Brasil já vemos opções variadas à tradicional manteiga que conhecemos desde criança, feita com leite de vaca. São as variações de origem vegetal, tendência na alimentação, que estão chegando ao mercado: manteiga de sementes (girassol, abóbora e damasco), amêndoas e coco, por exemplo.

É só dar um Google.

A indústria alimentícia está se reinventando para acompanhar os consumidores cada vez mais exigentes e que não estão mais satisfeitos com opções restritas nas prateleiras.

Quer saber quais são as outras fortes tendências no setor de alimentos em 2020?

Confira:

Imagem: divulgação

O poder da farinha

Uma variedade de farinhas interessantes está entrando no mercado. O ano de 2020 trará farinhas de frutas e vegetais, como banana e farinha de couve-flor a granel. Os bens de consumo embalados (batatas fritas, salgadinhos e doces) estão entrando nessa tendência e começam a substituir as farinhas tradicionais pela farinha de “tigernut” – conhecida como chufa, uma raiz vegetal consumida há quatro mil anos.

Pratos prontos

A vida não está diminuindo a velocidade, mas os lanches vão mais do que acompanhar isso. Já se foram os dias em que as únicas opções eram barras de cereais. A seção refrigerada dos supermercados está cada vez mais repleta de lanches saudáveis e frescos, tipicamente preparados e repartidos com antecedência em casa: ovos cozidos com coberturas salgadas, legumes em conserva, sopas para beber e molhos de todos os tipos – todos com porções perfeitas, embalagem simples e convenientes. Até as barras nutricionais passaram das prateleiras para o refrigerador, graças à adição de frutas e vegetais frescos.

À base de plantas

Os mexidos de tofu podem sempre ter um lugar na mesa do café da manhã vegano, mas as marcas mais modernas estão desacelerando o uso da soja, que tradicionalmente domina o espaço de proteínas na dieta à base de plantas.

Alguns dos produtos que anunciam “sem soja” no próximo ano substituirão o ingrediente por misturas inovadoras (como grãos e feijão mungo) para imitar as texturas cremosas de iogurtes e outros produtos lácteos. No corredor do suplemento, as marcas estão trocando soja por feijão mungo, cânhamo, abóbora, abacate, semente de melancia e clorela dourada, mantendo as texturas suaves nos pós de proteína vegana e trazendo um espectro de aminoácidos à base de plantas para a mesa. À medida que o movimento à base de plantas ganha força, as marcas procuram evitar os ingredientes alergênicos.

Tudo vira manteiga

Já viu nozes e sementes virarem manteiga? É provável que isso aconteça em 2020. Pense em manteigas além do tahini – como manteiga de semente de melancia – e produtos sazonais como manteiga de abóbora.

Manteigas de nozes, de castanha de caju, de amêndoa, amendoim, macadâmia e até grão de bico (não, não é um novo nome para homus). Muitas marcas buscam eliminar o uso de óleo de palma ou promover uma certificação de óleo de palma de origem responsável e usar castanhas cultivadas com menos impacto ambiental.

Repensando o menu infantil

A julgar pelo número de competições infantis de culinária e panificação na TV, as crianças estão mais preparadas para a cozinha do que nunca. Até 2026, 80% dos millennials terão filhos, e muitos pais estão apresentando seus filhos a alimentos mais aventureiros – com ótimos resultados.

As marcas de alimentos estão percebendo a próxima geração – possivelmente os primeiros verdadeiros “foodies” – expandindo o menu para itens como nuggets de frango orgânicos, palitos de peixe sem sal à milanesa e massas coloridas em formas divertidas feitas a partir de farinhas alternativas.

Açúcares não tão simples

Para aqueles que buscam doçura fora dos suspeitos de costume, como açúcar, estévia e mel, há muito mais a escolher, seja para cozinhar, assar ou misturar no chá ou café. As reduções de xarope de fontes de frutas, como frutas de monge, romãs, coco e tâmaras, são uma maneira de adicionar sabores únicos e concentrados em receitas de sobremesas, carne e marinadas. Xaropes doces feitos de amidos como sorgo e batata doce podem ser comparados aos sabores profundos de melaço ou mel e podem ser usados para assar pratos e adoçar bebidas.

Agricultura regenerativa

Agricultores, produtores, acadêmicos, agências governamentais e varejistas estão analisando de perto como usar as práticas de manejo da terra e dos animais para melhorar a saúde do solo e sequestrar carbono.

Embora o termo “agricultura regenerativa” possa ter muitas definições, em geral descreve práticas agrícolas e de pastoreio que restauram o solo degradado, melhoram a biodiversidade e aumentam a captura de carbono para criar benefícios ambientais duradouros, como impactar positivamente as mudanças climáticas.

O consumidor pode ajudar esse movimento procurando marcas que apoiam práticas regenerativas.

Alimentos da África Ocidental

Os sabores tradicionais da África Ocidental estão surgindo em todos os lugares em alimentos e bebidas. O trio de tomates, cebolas e malaguetas forma a base de muitos pratos da região e amendoim, gengibre e erva-cidreira são adições comuns.

As 16 nações da África Ocidental compartilham alimentos semelhantes, mas cada uma tem suas próprias especialidades baseadas em influências sutis do Oriente Médio e Europa Ocidental. As marcas estão buscando na África Ocidental seus superalimentos, como moringa e tamarindo, e cereais ainda pouco conhecidos, como sorgo, fonio (variante do painço), teff (um grão vindo da Etiópia) e milheto.

Misturas de carne e plantas

Os açougueiros não serão deixados de lado e a mania “à base de plantas” não vai tornar todo mundo vegetariano em 2020. Mas as marcas e os chefs estão aderindo à tendência de tornar o icônico hambúrguer “melhor para os clientes e para o planeta”, misturando pelo menos 25% de cogumelos frescos à iguaria.

Grandes marcas estão vendo se os consumidores que comem carne trocam um hambúrguer de carne tradicional por um com 30% de ingredientes vegetais, divulgando benefícios como menos gordura e colesterol, quando comparado ao hambúrguer de carne moída comum. Os consumidores podem esperar mais produtos misturados no futuro.

Bebidas zero álcool

Opções não alcoólicas estão surgindo em todos os lugares, desde menus nos bares mais aclamados do mundo até lojas especializadas. Muitas dessas bebidas procuram recriar sabores clássicos de coquetel usando métodos de destilação normalmente reservados ao álcool, criando uma alternativa ao licor.

Há, por exemplo, o alt-gin para gin e tônicos e líquidos artificiais com infusão botânica para um falso martini. Acrescente a isso as opções que podem ser desfrutadas diretamente da garrafa ou lata, como águas com gás com infusão de lúpulo.

 

A lista foi divulgada pela Whole Foods, maior varejista de produtos orgânicos e saudáveis do mundo, com 499 lojas nos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá. A rede elabora o relatório “tendências em alimentação” com base em décadas de experiência e conhecimento em fornecimento de produtos, estudando as preferências do consumidor e participando de exposições da indústria de alimentos e bem-estar em todo o mundo.

Fonte: site Whow