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Matéria da Proteste traz esclarecimentos sobre diversos mitos que cercam a vacinação. Confira abaixo.

As baixas coberturas vacinais, principalmente em crianças menores de 5 anos, reacenderam uma luz vermelha no país: doenças graves, antes erradicadas, como a poliomielite e o sarampo, estão reaparecendo.

A poliomielite, ou “paralisia infantil”, é uma doença infectocontagiosa viral, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, que começa subitamente, atingindo os membros inferiores de forma assimétrica.

A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores.

Também pode ser transmitida por via oral-oral, quando a pessoa infectada fala, tosse ou espirra gotículas de secreção contaminada perto de outra pessoa saudável.

Já o sarampo é uma doença causada por um vírus que provoca febre alta, tosse, coriza e manchas avermelhadas pelo corpo.

É transmitida entre as pessoas por tosse, espirro ou fala, especialmente em ambientes fechados. Facilita o surgimento de doenças como pneumonia e diarreias e pode levar à morte, principalmente em crianças pequenas.

vacinação sarampo

Mitos só ajudam a disseminar as doenças

 

A falta de vacinação ocorre, em muitos casos, porque os pais não vêm mais algumas doenças como um risco, como a poliomielite, ou porque acreditam no mito de que a vacinação apresenta malefícios à saúde.

Muitas notícias falsas, propagadas por grupos contrários à vacinação, vêm se espalhando pela Internet e nas redes sociais, afirmando que a as vacinas causariam autismo, esclerose múltipla e até morte súbita, por exemplo. No entanto, a vacinação é o único meio realmente eficaz de se prevenir e erradicar doenças graves.

campanha de saúde

 

Veja abaixo os principais esclarecimentos sobre alguns mitos:

 

VERDADE – Toda vacina pode provocar reações indesejáveis leves, como febre, manchas e coceira na pele, dor ou inflamação no local da aplicação. Em casos raríssimos, pode haver uma reação alérgica caracterizada por inchaço nos lábios e nas pálpebras e dificuldade para respirar.  Diante de qualquer sintoma anormal, procure um médico.

 

MITO – Todas as doenças infecciosas preveníveis por vacinação são potencialmente graves, com registro de hospitalizações, sequelas ou óbitos, mesmo a catapora. Vacinar contra essas doenças é fundamental!

 

MITO – Algumas imunizações, sobretudo aquelas feitas com vírus vivos atenuados, como a vacina contra a varicela, o sarampo e a febre amarela, podem ser contraindicadas para essas pessoas.

No entanto, existem outras vacinas, como a da gripe, da pneumonia e do tétano –  produzidas por vírus ou bactérias inativados –, que são indicadas e seguras mesmo para pessoas com o sistema imunológico debilitado. Se você estiver nessas condições, consulte um médico e veja quais vacinas tomar.

 

MITO – O mercúrio é usado como conservante, sempre em pequenas quantidades, nos frascos que contêm várias doses de vacinas. O objetivo é evitar a contaminação por fungos, bactérias e outros micro-organismos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a utilização desse conservante por considerar o mercúrio seguro e não cumulativo, já que o organismo o elimina rapidamente após a aplicação da vacina.

 

MITO – A eficácia das vacinas não está relacionada à intensidade de seus efeitos colaterais. No geral, as vacinas provocam cada vez menos efeitos colaterais.

 

VERDADE – Se você não lembra se foi imunizado contra alguma doença e perdeu sua carteirinha de vacinação, recomenda-se procurar um centro de imunizações. Profissionais habilitados irão orientá-lo sobre quais vacinas devem ser tomadas e seus possíveis efeitos colaterais.

 

MITO – Nos últimos anos, mais de 20 estudos mostraram que, de fato, a associação da vacina ao autismo não tem fundamento. E os pesquisadores não encontraram evidências de que a exposição ao timerosal (tipo de conservante de vacinas à base de mercúrio, um dos principais suspeitos de causar reações adversas) aumenta o risco de a criança desenvolver o distúrbio.

Outro dado importante é de um estudo feito na Dinamarca e na Suécia em 2003: desde 1992, o timerosal foi eliminado das vacinas desses países e, nem por isso, o número de crianças com autismo deixou de aumentar.

 

MITO – A maioria das reações são, geralmente, pequenas e temporárias, como um braço dolorido ou uma febre ligeira. Eventos graves de saúde são extremamente raros e cuidadosamente monitorados e investigados.

É muito mais provável que uma pessoa adoeça gravemente por uma enfermidade evitável pela vacina do que pela própria vacina. Embora qualquer lesão grave ou morte causada por vacinas seja relevante, os benefícios da imunização superam muito o risco, considerando que muitas outras lesões e mortes ocorreriam sem ela.

 

MITO – Embora as doenças evitáveis por vacinação tenham se tornado raras em muitos países, os agentes infecciosos que as causam continuam a circular em algumas partes do mundo.

Em um mundo altamente interligado, esses agentes podem atravessar fronteiras geográficas e infectar qualquer pessoa que não esteja protegida. Programas de vacinação bem-sucedidos, assim como as sociedades bem-sucedidas, dependem da cooperação de cada indivíduo para assegurar o bem de todos.

 

MITO – As vacinas interagem com o sistema imunológico para produzir uma resposta imunológica semelhante àquela produzida pela infecção natural, mas não causam a doença ou colocam a pessoa imunizada em risco de possíveis complicações.

 

As vacinas são benéficas não somente para as crianças, mas para a população como um todo, por isso os pais e responsáveis têm a obrigação de atualizar as cadernetas de seus filhos, em especial das crianças menores de 5 anos que devem ser imunizadas conforme esquema de vacinação de rotina.

 

Vale lembrar que o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza as vacinas necessárias para manter crianças, adultos e idosos protegidos das principais doenças que podem ser prevenidas por meio de programas de imunização.

 

Fonte: Proteste