Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), qualidade de vida é a percepção do indivíduo sobre sua posição na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações.
O termo engloba o bem-estar físico, mental, psicológico e emocional, além de relacionamentos sociais, como família e amigos, e também a saúde, educação, poder de compra e outras circunstâncias da vida.
Quando alguém diz que está em busca de qualidade de vida para si e sua família, há uma compreensão de que se trata de melhorias ou um alto padrão de bem-estar, que pode estar relacionado à saúde, à moradia, ao lazer, aos hábitos de atividade física e alimentação, por exemplo.
Qual nota você daria para a sua qualidade de vida?
Você já pensou em avaliar quais pontos considera essenciais para ter qualidade de vida e como eles estão atualmente? Qual nota você daria?
Uma pesquisa realizada pela Rede Nossa São Paulo e o Ibope Inteligência busca indicar o nível de satisfação do paulistano em relação à sua qualidade de vida. De acordo com o levantamento, que considerou percepções objetivas de qualidade de vida, no âmbito da satisfação das necessidades mais elementares da vida na cidade – como alimentação, acesso à água potável, habitação, trabalho, saúde, transporte e lazer, os moradores da maior metrópole do Brasil deram nota 6,3 para a qualidade de vida, em uma escala de 0 a 10.
Confira algumas conclusões da pesquisa “Viver em São Paulo – Qualidade de Vida”:
1 – Sentimentos e características positivas da cidade não são suficientes para impactar a percepção da qualidade de vida, nem barrar a possibilidade de evasão de São Paulo.
- É maior a sensação de pertencimento ao bairro/ comunidade onde moram hoje do que há uma década.
- A cidade é motivo de orgulho e esperança. Continua sendo sinônimo de oportunidades, mercado de trabalho, lazer, mas também da violência e criminalidade.
- Assim como nos últimos anos, o nível de satisfação com a própria qualidade de vida na cidade não é elevado e segue majoritária a percepção de não ter sofrido mudanças.
- Embora a imagem da cidade seja positiva, não há alterações na proporção de paulistanos que deixariam a cidade, se pudessem.
2- A melhora da qualidade de vida dos paulistanos perpassa sobretudo pelo Poder Público Municipal, mas outras instituições também são importantes nessa temática.
- A avaliação negativa da atuação da Administração Municipal, das Subprefeituras e Câmara dos Vereadores é superior à positiva. No entanto, esta última se intensifica conforme aumenta o grau de satisfação com a qualidade de vida na cidade e com a percepção de melhora no último ano.
- Além disso, a igreja, as empresas privadas e as ONGs são declaradamente as instituições que mais contribuem para a qualidade de vida do paulistano e figuram não apenas no ranking geral, mas também no dos variados segmentos sociodemográficos analisados na pesquisa.
3- A participação da vida política é secundária, sem grande envolvimento em medidas que podem contribuir para a qualidade de vida na cidade, como Conselhos Participativos e as Audiências Públicas.
- A despeito do baixo índice de participação política, a assinatura de petições e abaixo-assinados são as principais formas de participação.
- Segue pouco expressivo o número de paulistanos que participam de eventos na Câmara dos Vereadores.
- Estão de fora da participação da vida política, principalmente os paulistanos menos favorecidos economicamente e os com menor grau de escolaridade.
Acesse a pesquisa completa.
Imagens: Freepik