E não são só esses alimentos. Entenda por que os ultraprocessados podem ser ruins e aprenda a identificá-los.
Um estudo com 105.159 pessoas, realizado pela Universidade de Paris durante cinco anos, mostrou que as pessoas que comem mais alimentos ultraprocessados tiveram mais problemas cardíacos. Suas dietas foram acompanhadas e avaliadas duas vezes por ano.
Resultados: as taxas de doença cardiovascular foram de 277 por 100 mil pessoas por ano entre aqueles que consumiram os alimentos mais ultraprocessados, comparados com 242 por 100 mil entre aqueles que comeram menos.
Mathilde Touvier, da Universidade de Paris, disse à BBC News: “O rápido e crescente consumo mundial de alimentos ultraprocessados, em detrimento de alimentos menos processados, pode gerar um número maior de doenças cardiovasculares nas próximas décadas”.
Apesar das descobertas, não é necessário tanto alvoroço, pois ainda não se sabe exatamente todos os efeitos que a comida processada pode causar em nosso corpo. Entretanto, prefira sempre os alimentos com menor número de ingredientes.
O que são alimentos ultraprocessados?
O termo se refere à classificação de alimentos pela quantidade de processamento industrial que passaram.
A categoria mais baixa é alimentos não processados ou minimamente processados, que incluem: frutas, legumes, leite, carne, leguminosas, sementes, grãos, como arroz, ovos, entre outros.
Já os alimentos processados foram alterados para que durem mais ou tenham um sabor melhor – geralmente usando sal, óleo, açúcar ou fermentação. Veja exemplos: queijo, bacon, pão caseiro, frutas e legumes enlatados, peixe defumado, cervejan, entre outros.
Em seguida, estão os alimentos ultraprocessados, que passaram por um maior processamento industrial e têm uma infinidade de ingredientes em sua composição, incluindo conservantes ou intensificadores de cor.
De acordo com Maira Bes-Rastrollo, da Universidade de Navarra, na Espanha, um alimento com mais de cinco ingredientes é considerado ultraprocessado. Confira exemplos: carne processada, como salsichas e hambúrgueres, cereais matinais ou barras de cereal, sopas instantâneas, bebidas açucaradas, nuggets de frango, bolo, chocolate, sorvete, pão produzido em larga escala, refeições prontas, como tortas e pizza, shakes, que substituem refeições, entre outros.
Por que os alimentos ultraprocessados podem ser ruins?
O primeiro teste de alimentos ultraprocessados mostrou que eles levavam as pessoas a comer mais e engordar.
Pesquisadores dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA monitoraram cada porção de comida que os voluntários comeram durante um mês.
Quando comiam alimentos ultraprocessados, acabavam ingerindo 500 calorias a mais por dia do que quando comiam alimentos não processados.
Outras descobertas incluem:
- Eles são cheios de energia, mas têm baixo teor de nutrientes e fibras;
- Embora os aditivos nos alimentos tenham sido testados quanto à segurança, pode não ser saudável consumir muitos aditivos de diferentes alimentos;
- As pessoas comem mais porque esses alimentos são “mais fáceis” de comer;
- Eles reduzem a ingestão de alimentos mais saudáveis, como frutas e legumes, da dieta – afinal, por que comer uma banana quando você pode tomar sorvete?
Achou o assunto interessante? Compartilhe esta dica com os seus colaboradores, incentive a prática de uma vida mais saudável! Seja um #RH promotor da saúde 🙂
Fontes: Redação blog Nocta; Consumidor Moderno; BBC / Imagem: Freepik